quinta-feira, 29 de março de 2012

Borboletas ameaçadas.


União Europeia terá que proteger 29 espécies de borboletas ameaçadas.

Relatório de organização ambiental lista formas de conservar insetos.
Em 15 anos, houve queda de 70% na população de 17 diferentes espécies.



Uma organização ambiental da Europa lançou um guia com orientações sobre como preservar espécies de borboletas que vivem no continente e são consideradas  ameaçadas de extinção.

O relatório, que teve destaque na edição desta semana da revista “Nature Conservation”, aponta 29 espécies listadas pela União Europeia.

Os países-membros terão a partir do lançamento do guia a responsabilidade de fornecer informações sobre como proteger os insetos e definir (além de cumprir) metas internacionais de biodiversidade.

O documento detalha informações sobre cada inseto, as exigências para conservar seus habitats e plantas utilizadas pelas borboletas como local para desova e alimentação.

Em declínio.

De acordo com o relatório, as borboletas europeias estão sob ameaça constante. Cerca de 10% de todas as espécies correm risco de desaparecer. Indicadores mostram que houve queda de 70% na população de 17 diferentes espécies nos últimos 15 anos.

Entre as principais causas desta diminuição estão a destruição de áreas, transformadas pela agricultura -- algumas delas abandonadas posteriormente.
Segundo a publicação, as borboletas são importantes indicadores do meio ambiente, já que respondem rapidamente a possíveis alterações do habitat. A gestão desses insetos garante a sobrevivência de outros seres, que fazem parte da biodiversidade europeia.

 





sexta-feira, 16 de março de 2012

Como criar a Zebrinha,Colobura dirce


Colobura dirce (Linnaeus, 1758) 
Em folhas de plantas do gênero Cecropia sp.


Colobura dirce.
Uma borboleta neotropical da família Nymphalidae



Colobura dirce dorçal.
Colobura dirce ventral



Família: Nymphalidae 


Particularidades: Conhecida como "zebra", devido ao desenho da face inferior das asas.

Fácil, muito fácil de detectar a sua ocorrência após ela seu desenvolvimento, ela consegue (dobrar) a folha de sua planta alimento, onde se aloja escondida.
Pode se acreditar que ela corte o fluxo de seiva da planta por ela ser tóxica ou por um outro motivo.
Ali, escondidas de possíveis predadores, elas se desenvolvem procurando se alimentar discretamente durante o dia e mais a noite,
Sua forma imatura, lembra muito as lagartas urticantes, mostrando claramente seus espinhos amarelos, contudo, como (via de regra), nenhuma lagarta de *borboleta é urticante.

Embaúba,  a planta hospedeira:

Embauba- Nome científico: Cecropia pachystachya.





Embaúba  é a designação comum de várias espécies de árvores, principalmente do gênero Cecropia. Também é chamada de embaúva, imbaúba, imbaúva, umbaúba, umbaúva,ambaúba, embaíba, imbaíba e torém. Pode chegar a quinze metros de altura. Pertence ao estrato das plantas pioneiras da mata atlântica. É também chamada de árvore-da-preguiça, pois seus frutos são o alimento preferido deste animal.


As embaúbas são árvores leves, pouco exigentes quanto a solo e muito comuns em áreas desmatadas em recuperação. Possuem frutos atrativos a várias espécies de aves. São capazes de se dispersarem rapidamente. Como possuem caule e ramos ocos, vivem em simbiose com formigas, especialmente as do gênero Azteca, que habitam no seu interior e que as protegem de animais herbívoros - daí os nomes castelhanos para a planta:  hormigo ou hormiguillo, numa referência a hormiga ("formiga").

Em outros idiomas: trumpet tree, bois canon, bois trompette, grayumbe, grayumbo, trompette, trompettier, yagruma, yagrumo, akowa, chancarpo, chancarro, guarumbo, guarumo, hormigo, hormiguillo, snakewood tree, pop-a-gun, tree-of-laziness, trompetenbaum, yaluma, certico, ambiabo, ambai, tree-of-sandpaper, palo lija.

Ovos de Colobura dirce em folha de Embaúba.

Folhas dobradas indicando a presença de lagartas de Colobura dirce 

Folhas dobradas indicando a presença de lagartas de Colobura dirce  

Lagarta de Colobura dirce 

Lagartas de Colobura dirce.

Cortam e dobram as folhas para baixo em um tipo de abrigo com a forma de um  guarda-chuvas. Pouco se sabe a este respeito, mas há quem afirme que elas procuram impedir parte do fluxo de seiva,  tornando a folha mais palatável.(?) 

Pré Pupa.



Pupa


Local da planta hospedeira


Planta protegida com lagartas de Colobura dirce 


Etiqueta de identificação.

Uma etiqueta de identificação é feita para para cada criação, contendo os dados da criação.

Lagartas de Colobura dirce 
As lagartas  se transformam em pupas dentro do telado.

Material (pupas) é coletado e levado ao laboratório e assim que emergirem os adultos, inicia se novo ciclo.



Habitam floresta primária e secundária em altitudes entre zero e 1.400 metros, sendo mais fáceis de se encontrar em altitudes inferiores a 800 metros; em florestas decíduas e perenes, mas também ocorrendo com frequência em pomares. Ambos os sexos são encontrados com frequência, assentando em troncos de árvores onde habitualmente se estabelecem em uma posição de cabeça para baixo a uma altura de cerca de 2 metros, enquanto absorvem a umidade dos musgos ou de fissuras nos troncos. Se incomodadas, tentam fugir correndo, sem voar, para o lado oposto da árvore, voltando para a posição original se perseguidas e sendo extremamente relutantes em alçar voo. Às vezes elas são encontradas isoladamente, porém mais frequentemente em grupos de 2 ou 3 indivíduos Em vista inferior são de coloração clara, possuindo padronagem de desenhos escuros; vistas superiormente são de coloração castanha, apresentando duas amplas áreas claras nas asas anteriores, que aparecem também em seu verso. Atingem de 5 a 7,5 centímetros de envergadura e se alimentam de substâncias exsudadas de troncos de árvores, em frutos fermentados ou sobre excrementos.