segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Grupo de pesquisa da UFMA utiliza borboletas para analisar impactos ambientais .



As borboletas são consideradas organismos modelos, pois são indicadoras de degradação ambiental




SÃO LUÍS - Asas azuis, amarelas, multicoloridas, de vários tamanhos e com uma beleza encantadora, são as características das lepidópteras ou simplesmente borboletas. Esses seres são extremamente úteis ao meio ambiente por atuarem como sinalizadores de degradação ou de preservação ambiental. Por sua importância na análise da área ecológica, esses insetos têm sido foco de um grupo de pesquisa formado pelos alunos do Curso de Biologia da UFMA, Lucas Pereira Martins, Leonardo Feitosa e Elias Soares, sob a coordenação a professora Gisele Garcia Azevedo e do professor do Museu de Zoologia, MZUSP, da Universidade de São Paulo, Marcelo Duarte.

A pesquisa, que conta com o apoio e o financiamento da Fapema, será desenvolvida até abril de 2013, em dois fragmentos de mata amazônica, localizados no município de São José de Ribamar. O grupo de pesquisa escolheu esses dois locais, considerando uma área impactada e outra menos impactada. Com essa diferenciação, será possível perceber a variedade e a quantidade de borboletas em cada área e mapear as espécies que se adaptam em cada uma dessas regiões. Como explica um dos membros o grupo de pesquisa, Lucas Pereira Martins, “as borboletas são consideradas organismos modelos, elas são indicadoras de impactos ambientais, pois têm o ciclo de vida curto e uma interação muito grande com o meio ambiente. Escolhemos dois fragmentos diferenciados e estamos verificando as características desses insetos e sua incidência para podermos fazer um mapeamento dessas regiões”, disse.

Muitos trabalhos em regiões tropicais, como a de São José de Ribamar, têm identificado o aumento do número de borboletas e uma maior riqueza em áreas perturbadas, o que pode ser característico desses ambientes, podendo favorecer tanto algumas espécies do ambiente original (não impactado) quanto espécies invasoras. Com essa observação, muitos pesquisadores entendem que algumas espécies, de fato, desaparecem de um sistema perturbado, enquanto outras podem ter suas populações aumentadas. Por isso, monitorar as comunidades dessas espécies de borboletas ao longo do tempo pode contribuir para a análise e a proteção dessas áreas, criando medidas que diminuam os efeitos da perturbação ambiental, antes que sejam irreversíveis.

Método e resultados parciais da pesquisa

Em um ano de pesquisa, foram capturados 204 indivíduos em armadilhas, compreendendo 26 espécies. O grupo tem colhido borboletas de duas guildas (tipos de borboletas), as frugívoras, que se alimentam de nutrientes de frutas fermentadas e seiva de plantas, e as nectarívoras, que se alimentam de néctar durante a vida adulta. Os pesquisadores capturam essas espécies e fazem a coleta de dados, nomes, espécies, tamanhos e áreas em que foram capturadas. Até o momento, segundo Lucas Pereira Martins, foi observado que tem uma grande diferença no número de borboletas nos dois fragmentos e diferenças na estação seca e chuvosa. “É interessante como elas estão ligadas diretamente ao período de chuva. Na época de maior pluviosidade tem mais borboletas e na seca tem menos”, frisa.

O grupo reparou, ainda, que as espécies entre os fragmentos não têm diferido muito, o que muda entre as áreas é a quantidade de borboletas. “Por incrível que pareça, no fragmento mais impactado tem tido maior número de borboletas do que o mais preservado, e algumas hipóteses é que o fragmento de mata impactado e o preservado não são distantes, e pode estar havendo uma transição de borboletas entre os espaços”, explica Lucas Martins. Segundo o pesquisador, se as áreas fossem muito distantes, na área impactada o número seria pequeno, mas se fosse só preservado o número seria bem maior.

Após o término da pesquisa, haverá a criação de uma coleção etimológica, com dados sobre as espécies de borboletas coletadas e suas características. A coleção será uma contribuição para as futuras pesquisas com lepidópteras e estará disponível para a visitação no curso de Biologia da UFMA. Será feito, ainda, um catálogo com fotos das borboletas e dados, para pesquisas futuras.

Museu de Zoologia da universidade de São Paulo

O Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (Mzusp) é referência mundial em zoologia e possui um acervo da fauna neotropical do planeta, com cerca de oito milhões de exemplares de animais. O professor Marcelo Duarte do MZUSP foi convidado pelo grupo a fazer parte da pesquisa devido a sua importante atuação na área de estudos sobre borboletas. Marcelo Duarte é, atualmente, professor doutor do Museu de Zoologia da USP e pesquisador associado do National Museum of Natural History, Washington, DC, EUA. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Sistemática, Taxonomia e Biologia de Lepidoptera, atuando principalmente nas áreas de Lepidoptera, sistemática, morfologia, taxonomia e Lycaenidae. 



quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Lagartas são devoradas vivas.


Larvas de vespa que comem lagarta viva!




O que são estes ovos na lagarta?



Uma lagarta taturana que foi parasitada por micro-himenópteros, umas vespinhas bem pequenas ,sendo que suas larvas se desenvolveram no interior da lagarta e agora saíram para empupar, a lagarta ficou viva este tempo todo, só agora ela foi morrer.


Essas estruturas brancas presas na lagarta parecidas com ovos cilíndricos são na verdade pupas de uma vespa. Isso mesmo! Precisamos “começar do começo”… Bem, as vespas (insetos da mesma ordem das formigas e das abelhas) pertencentes, geralmente à família Braconidae, são conhecidas por serem insetos diminutos, com menos de 1 cm de cumprimento, no geral de cor escura que possui um ciclo de vida bastante interessante.
Essas vespas escolhem uma lagarta bem saudável e gordinha para iniciar seu ciclo reprodutivo. Cuidadosamente utilizam seu ovopositor para fazerem a postura de seus ovos (que podem chegar a 80) sob o tegumento (a pele) da lagarta. O processo é tão sutil que a lagarta mal percebe o que está acontecendo. Uma vez inoculados no corpo da pobre lagarta, os ovos amadurecem e então eclodem. Dali, saem larvas de vespas famintas que iniciam logo seu ritual macabro: elas devoram toda musculatura e vísceras da pobre lagarta, tomando os devidos cuidados para que seus órgãos vitais não sejam comprometidos logo, pois com a morte do hospedeiro, todo o ciclo não teria sucesso.
As larvas da vespa, se alimentam e crescem ali mesmo, dentro da lagarta, que a essas alturas já não está tão bem. Quando estão devidamente desenvolvidas e prontas para se tornarem adultas, “comem” o caminho de volta através da pele do hospedeiro e uma vez fora, pupam formando inúmeros casulos ovais e esbranquiçados do lado de fora do corpo da lagarta. Ficam ali presos torturando a pobre lagarta até que comecem a emergir desses casulos. Quando as últimas vespas saem de seus casulos a nossa lagarta já estará tão indefesa e enfraquecida que terminará morrendo.
Essas vespinhas são consideradas inimigas naturais das lagartas. E funcionam como um controle de pragas principalmente nas plantações de tomate. Então, queridos leitores, se virem uma infeliz lagarta carregando casulos por aí, saiba que um fantástico ciclo de vida de uma vespa está prestes a concluir!


Foto 1: Uma vespa escolhendo sua vítima, uma pobre lagarta gordinha e saudável!
Foto 2: Depois de comer a lagarta por dentro, as larvas empupam e ficam do lado de fora do corpo da lagarta.
Fotos 3 e 4 : Com o tempo começam a emergir vespas adultas e a lagarta, enfraquecida,  morre!


Um dos maiores problemas entre os cientista que estudam modificações de um hospedeiro causadas pelo parasita é separar entre o que é “intencional” e adaptativo para o parasita do que é uma simples consequência do processo. Por exemplo, você espirra quando está resfriado porque suas vias respiratórias estão irritadas ou porque essa é a maneira que o vírus encontrou de se espalhar? Não me lembro da resposta para essa pergunta, e se você tiver fique à vontade nos comentários. Já o caso que veremos abaixo não deixa dúvidas do quão capazes as vespas são de mudar o comportamento do hospedeiro intencionalmente.

Foto Thyrinteina sp


A lagarta da foto acima é de uma mariposa da espécie Thyrinteina leucocerae e se alimenta de folhas de goiabeira e de seu parente próximo, o eucalipto, também da família Myrtaceae. A goiabeira provavelmente convive com a lagarta por tempo suficiente para desenvolver defesas que mantém sua população baixa (lembre-se da dinâmica de interação parasita hospedeiro), já o eucalipto não, pois ele é uma planta exótica, trazida da Austrália recentemente, de maneira que esta lagarta causa bastante estrago em plantações. O grupo de Entomologia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa, estudando este problema encontrou uma interação realmente impressionante.


Uma vespa do gênero Glyptapanteles deposita seus ovos na lagarta, algumas vezes mais de 80. A lagarta continua se alimentando e crescendo, enquanto as larvas da vespa devoram a lagarta por dentro, tomando todo o cuidado para não consumir os órgãos vitais (pois é, a sabia natureza, cheia de paz e amor sempre), e acredite, isso não é incomum. Incomum é o que acontece depois. As larvas parasitódes saem da lagarta e formam casulos, para empupar enquanto amadurecem e passam para a fase adulta. Nesse período a lagarta para de se alimentar e passa a montar guarda, protegendo as pupas. Isso mesmo, ela protege as mesmas vespas que a devoraram, atacando com cabeçadas qualquer besouro ou percevejo que se aproxime, de maneira tão eficiente que morrem metade das pupas que morreriam se estivessem desprotegidas.
O comportamento é tão diferente, que se percebe com os dois vídeos abaixo, no primeiro uma lagarta não infectada não dá nem bola para o percevejo, no segundo a lagarta infectada, que está protegendo as pupas nos casulos, ataca com movimentos laterais o percevejo que se aproxima. O que faz isso com a lagarta? Cerca de duas larvas permanecem dentro da lagarta, provavelmente liberando substâncias que alteram o comportamento dela, e posteriormente morrem, junto com a pobre da lagarta. Intrigado com o altruísmo das larvas que se matam para o sucesso das irmãs? Aguarde algus textos que vc verá uma série de exemplos e motivos para isso.


Pois bem, isso é Controle Biológico, onde não se usa agrotóxicos de forma alguma.







terça-feira, 23 de outubro de 2012

Borboletas com asas de transparentes.


As incríveis borboletas com asas de vidro!

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Uma borboleta com asas transparentes? Sim, o nome científico dessa beleza da natureza é Greta oto, uma borboletinha da família Nymphalidae, subfamília Danainae, as famosas “borboletas de vidro” (em inglês, Glasswing ). As asas dessas borboletas são tão transparentes que podemos enxergar através delas como se realmente fossem asas de vidro.
A maioria das borboletas que conhecemos apresentam escamas coloridas muitas vezes com um padrão de desenhos que serve para afastar inimigos. As borboletas de vidro fazem isso de forma diferente. A evolução permitiu que essas espécies pudessem se esconder no ambiente uma vez que o corpo é esbelto e as asas que deveriam aparecer, são quase totalmente translúcidas. Se não fossem as veias escuras das asas, essas borboletas poderiam facilmente passar despercebidas, até mesmo para o olho humano.
As borboletas de vidro fazem parte de um grupo de borboletas conhecido como “Cleanwing”, ou seja, asas claras. A transparência na natureza é algo que não é bem compreendido, afinal, para ser transparente o tecido não pode refletir ou absorver luz. As asas dessas borboletas possuem a superfície com saliências que são tão pequenas que podem ser chamado submicroscópica. Eles têm um índice de refração único que não dispersa a luz, tornando-se transparentes, mas também muito sensíveis que se quebram facilmente.
Borboletas de vidro se alimentam do néctar de uma variedade de flores, mas no momento de fazer a postura de seus ovos e garantir a sobrevivência da próxima geração, elas buscam sempre que possível a planta do gênero “Cestrum” que são tóxicas e afasta os predadores. Ali as larvas se alimentam acumulando alcaloides da planta em seu corpo e apesar de serem larvas bem atraentes, os predadores preferem ficar bem longe delas. Quando já adultas, os machos convertem esses alcaloides em feromônios para atrair as fêmeas para o acasalamento.
 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Cultive o manacá-de-cheiro e atraia borboletas à varanda e ao jardim.






  • Manacá-de-cheiro (Brunfelsia uniflora)
O manacá de cheiro era presença certa nos quintais das casas das vovós do início do século 20. Hoje não é tão fácil encontrar essa espécie nativa da Mata Atlântica em quintais, porque boa parte desses lotes cheios de pomares e flores deu lugar a apartamentos. “Vintage”, esses arbustos de flores brancas e roxas ou azuis podem ser cultivados em vasos.
“Porém, como seu perfume é bem forte, deve-se ter o cuidado de não plantá-lo próximo a dormitórios de crianças e de pessoas mais sensíveis”, explica o paisagista João Jadão, da Planos e Plantas.
Além de disseminar seu odor característico, o manacá é conhecido por atrair borboletas, a “borboleta do manacá” (Methona themisto), que se desenvolve exclusivamente nas folhas dessa planta. Portanto não se assuste se “brotarem” lagartas, além de flores de sua arvorezinha. Elas não fazem mal a planta, portanto, evite destruí-las.

O manacá-de-cheiro (Brunfelsia uniflora) é um arbusto lenhoso da família dasSolanaceaes, da qual também fazem parte o tomate, a batata e o tabaco. Seus nomes populares mais comuns são: manacá-de-jardim, garetataca, mercúrio-vegetal e romeu-e-julieta.
Parecido com uma pequena árvore, detém copa que pode atingir de 2 a 3 metros de altura e até 2 m de diâmetro. Seus ramos são densos e suas folhas ovaladas, lisas e verde escuras. “Se podado, o arbusto toma a forma de arvoreta”, explica Jadão. É uma planta de zonas tropical e subtropical, adaptada a climas quentes. Mas tem um melhor desenvolvimento em zonas onde há grandes diferenças de temperaturas (dias quentes e noites frias).

       Adulto de Methona themisto
De acordo com o paisagista Paulo Cezar Heib, as flores do manacá nascem nas extremidades de seus ramos e passam do azul violeta ao branco, durante a floração, principalmente na primavera e verão. “A beleza e o perfume conferem à planta um grande valor ornamental”, avalia.
Cultivo
No mercado é possível encontrar desde pequenas mudas com cerca de 50 cm até plantas já formadas com quase 2 m de altura. A escolha do tamanho dependerá do projeto paisagístico e do espaço disponível.
O cultivo do manacá é feito através sementes, por estaquia ou - simplesmente – pelo transplante de mudas que surgem das raízes de um exemplar maior, o que torna o manacá-de-cheiro uma espécie entouceirada.
  • Arquivo Jardim Botânico de São Paulo/ Divulgação
    Menor que o "de cheiro", o manacá-da-serra tem menos perfume e flores mais violáceas
Para o bom desenvolvimento, o manacá precisa de muito sol. Versátil, a planta pode ter cultivo isolado ou em grupo, inclusive na forma de renques (as populares cercas-vivas). Quando em vasos, cuide para que os recipientes sejam profundos e com grande diâmetro para não sufocar as raízes e dar boa sustentação ao arbusto.
Para o plantio, a melhor época é o final do inverno ou início da primavera, em solo rico em matéria orgânica. O substrato farto geralmente é suficiente para suprir os nutrientes pedidos pelo manacá, mas isso não impede a adubação química (adubo com enxofre e potássio). Todavia, neste caso, é fundamental seguir a recomendação via embalagem quando do preparo da terra virgem. Depois dessa primeira adubação, repita o processo a cada três meses.
Manutenção
Para manter a boa hidratação e evitar apodrecimento, as regas em canteiros devem ser diárias durante o período de floração, regulares em época de poucas chuvas e moderada em períodos chuvosos, em todos os casos, porém, a terra deve ser regularmente drenada. No caso dos vasos, as regas devem ser sempre regulares (2 a 3 vezes semanais) e a terra que envolve a planta deve ser trocada a cada dois anos.
De acordo com Heib, o manacá-de-cheiro é uma planta que aceita muito bem as podas. O arbusto pode ser limpo após o outono, quando a planta se prepara para entrar em dormência. “Essa limpeza consiste na retirada dos galhos secos e folhas amarelas”, explica.
Pragas
Se encaradas como pragas, as lagartas amarelas e pretas são a ocorrência mais comum nesse arbusto lenhoso, pois depositam seus ovos nas folhas do manacá. Porém, as lagartas e borboletas não trazem dano à planta.
De outro modo, os fungos tendem atacar o manacá nos períodos mais úmidos do ano. Tais microrganismos podem ser eliminados sem grandes dificuldades com uso de fungicida, sob recomendação de um paisagista ou engenheiro agrônomo.
Além dos fungos, o arbusto também é suscetível à ação de cochonilhas e pulgões, mas esses insetos só devem ser combatidos com repelentes quando o manacá não estiver no período de floração.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Mais um livro com descrições e fotos de borboletas e mariposas do Brasil vai ser lançado no IB



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Pesquisadores da Unicamp elaboram plano contra extinção de borboletas


 

Duas espécies estão na lista dos 100 animais mais ameaçados do planeta.

Meta é a criação de reservas naturais para os animais em risco.





Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) elaboraram um plano para combater a extinção de duas das 100 espécies com maior risco de extinção, divulgada nesta terça-feira (11) em um congresso na Coreia do Sul. São espécies de borboletas, encontradas apenas no Brasil.

A espécie Actinote Zikani é achada na Serra do Mar na região de Mata Atlântica e a espécie Parides Burchellanus é característica do Cerrado. Segundo o professor e pesquisador da Unicamp André Freitas, no Brasil existem cerca de 3,2 mil espécies de borboletas e destas, cerca de 50 estão ameaçadas de extinção e constam na lista vermelha do Ibama.

Actinote Zikani 






Parides Burchellanus 


Plano

De acordo com Freitas, a principal meta é a criação de reservas naturais para abrigar as espécies, já que o principal motivo para a ameaça às borboletas é a destruição do habitat natural com o desmatamento. "No país, em toda a área do Cerrado não há áreas de proteção ambientais", afirma o pesquisador.
A espécie Actinote Zikani só pode ser encontrada em uma área pequena próxima ao município de Paranapiacaba (SP), que é um dos únicos locais que oferece proteção às borboletas.
Não é possível saber quantos exemplares das espécies ameaçadas ainda estão na natureza, já que não há uma forma de capturá-las. A pesquisa feita na Unicamp não utiliza animais em cativeiro, segundo o pesquisador. "Preferimos deixá-las no habitat natural devido ao tamanho da ameaça contra essas espécies", explica Freitas.




 Actinote Zikani , está ameaçada de extinção (Foto: Ronaldo Francini/ Divulgação)



quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Incluir insetos na dieta além de ajudar o meio ambiente também é saudável.


Como assim???

Vendidos a quilo nas feiras.

Desde 2008, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) vê a possibilidade de incluir insetos na dieta humana. A ideia tem a participação do entomologista (estudioso de insetos) Arnold Van Huis, da Universidade de Wageningen, na Holanda. Esta inclusão, além de benéfica para a saúde, também ajuda no combate ao efeito estufa.

Nos últimos anos, o consumo de carne, que era de 20 quilos por ano, cresceu para 50 quilos, e em 20 anos a perspectiva é de que cada pessoa coma 80 quilos de carne por ano. Devido a esse aumento, a Organização das Nações Unidas recomendou que todas as pessoas passem, pelo menos, um dia por semana sem consumir carne e que diminuam ainda mais ao longo do tempo, para que dessa forma possam controlar as mudanças climáticas.

A entomofagia, que é a prática de comer insetos, ainda não é permitida no Brasil, mas estudos comprovam a importância nutricional dos insetos. Um grupo de cientistas, trabalhando com a agência espacial japonesa, pesquisou o bicho da seda e os cupins, e descobriram que eles seriam fonte de uma dieta rica em gorduras e aminoácidos.

Mais de mil tipos de insetos já fazem parte do cardápio de 80% dos países, principalmente na porção oriental do globo, e são mais populares nas regiões tropicais, onde ficam maiores e são mais fáceis de serem capturados.

Algumas larvas de Tenébrio sp.


Frank Franklin, professor e diretor de nutrição pediátrica da Universidade do Alabama, nos Estado Unidos, afirma que baixas calorias e poucas proteínas são as principais causas de morte em crianças e que a proteína dos insetos poderia ser uma solução mais barata se processada em uma forma semelhante a uma pasta de amendoim, para aqueles que sofrem dessa má nutrição.

A população do Laos (país asiático) sofre com deficiência de cálcio e uma proposta de se construir uma grande indústria leiteira no país foi colocada em questão, mas por saberem que a maior parte dos asiáticos tem intolerância à lactose, essa proposta não pôde ser realizada.

Considerando então que grilos e gafanhotos são ricos em cálcio e que 90% da população do Laos já comeu insetos em algum momento, o órgão das Nações Unidas vem desenvolvendo um projeto de criação de insetos, que aproveita os conhecimentos de 15 mil agricultores familiares que cultivam gafanhotos na Tailândia, um país vizinho. Está aí uma boa solução para a saúde dessa população.




Em grande parte do mundo, comer insetos não é estranho. No sul da África, as lagartas Mopani são salgadinhos populares, já os japoneses preferem as larvas de insetos aquáticos, e no México, as pessoas comem gafanhotos.

Diminuição dos gases do efeito estufa.

De acordo com as pesquisas do entomologista Van Huis, as fazendas de insetos produzem uma quantidade muito menor de gases de efeito estufa se comparadas à pecuária. Ele afirma que os insetos produzem 300 vezes menos óxido nitroso (que também tem efeito estufa) e muito menos amônia, que é tão comum nas criações de porcos e aves.

As fazendas de insetos poderiam ainda gerar renda para comunidades carentes e proteger as florestas, pois além de elas serem o habitat de várias espécies, não precisariam ser destruídas pelo avanço das pastagens.

Legalização da entomofagia.

No Brasil ainda não é permitido a prática da entomofagia. Por esse motivo o empresário mineiro Luiz Otávio Pôssas Gonçalves, dono de uma companhia que cria e comercializa insetos, pediu ao Ministério da Agricultura o reconhecimento do seu negócio como um “estabelecimento produtor de insetos para consumo humano”.

Esse pedido acabou abrindo espaço para a legalização da entomofagia no Brasil. O Ministério da Agricultura pediu indicação bibliográfica ao empresário, alegando que se trata de um tema polêmico, mas que será discutido, pois representa oportunidade real de se combater o aquecimento global no Brasil e no mundo.

Devidamente higienizado e embalado.

Dados da FAO, que também está discutindo a possibilidade de incluir insetos na dieta humana, mostram que cerca de 80% dos países possuem insetos em seu cardápio e 23 dessas nações ficam no continente americano.
Caso a proposta de Gonçalves seja aceita, podemos ter um cardápio recheado de insetos. E dessa forma estaremos contribuindo com o combate ao aquecimento global.

* Publicado originalmente pelo EcoD e retirado do site Mercado Ético.
(EcoD) 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Um dos maiores, senão o maior Entomologista de todos os tempos.


Angelo Moreira da Costa Lima (1887-1964)



http://www.ebras.bio.br/entomol/entomol_desc.asp?code=5049F3A70#

Aqui fica a minha singela homenagem ao senhor  Ângelo Moreira da Costa Lima que, para além de um grande Entomologista, foi, acima de tudo, um grande... Homem.

Ângelo Moreira da Costa Lima (1887 - 1964). Emérito entomologista brasileiro, nasceu a 29 de junho de 1887. Formou-se em medicina em 1909, porém sua carreira de cirurgião sucumbiu ante o fascínio pelos insetos e sua vocação para o estudo das coisas da natureza.


Viveu num período em que a decência e a moral permeavam no serviço público e este era respeitado não só pelo povo, mas pelos governantes. Viu assim, tornar realidade sua imponente obra (ainda que inacabada) "Insetos do Brasil", nos laboratórios e corredores do Instituto Oswaldo Cruz (antigo Instituto de Manguinhos) e da Universidade Rural do Brasil (hoje Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro).


Contemporâneo de Oswaldo Cruz, trabalhou quando o pioneirismo da ciência ainda se misturava com a poesia do século passado. Assim como Von Martius, Hübner e tantos outros, trazia consigo a luz dos grandes investigadores, que lhe permitiu explorar com sabedoria, todo um mundo novo de espécies não identificadas. Mais de duas centenas de espécies levam hoje seu nome.


Grande mentor dos catálogos de insetos do Brasil, fez tornar realidade a obra em 1922, quando da publicação, em sua primeira edição, no volume 6 dos Arquivos da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária. Sucederam-se ainda sob sua batuta, a segunda edição, publicada em 1927 (vol. 8 do referido periódico); e a terceira edição, já como livro, em 1936. 

Não estava mais entre nós quando da publicação do "Quarto Catálogo dos Insetos que Vivem nas Plantas do Brasil", entre 1967 e 1968, contudo seus ensinamentos, orientações e ideais ainda nortearam esta obra.





BIOGRAPHICAL NOTE
Ângelo Moreira da Costa Lima (1887-1964) was the foremost Brazilian entomologist of his time, and his still-consulted works continue to assure his place in the history of science as the "Father" of Brazilian entomology.
Costa Lima, as he is called in Brazil, was born on June 29, 1887, in Rio de Janeiro, Brazil, to Valeriano Moreira da Costa Lima and Rosa Delfina Brum de Lima.
The legacy of Costa Lima rests on his many contributions to Brazilian entomology. His Terceiro Catálogo was for many years the most consulted work on Brazilian plant-insect associations. It has since been replaced by the Quarto Catálogo that was directly based on Costa Lima's earlier work.
Costa Lima’s Insetos do Brasil in eleven volumes is a valuable resource on Brazilian entomology and is regularly consulted even today.
ANT TAXONOMY

PUBLICATIONS
REFERENCE
Jurberg, C. 2002. Entomologia y Vectores 9: 153-194, bibliography, portrait.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Borboletas mutantes são encontradas após acidente nuclear de Fukushima

Pesquisadores japoneses estão preocupados com o ecossistema local.


Reprodução / larepubblica.it
Muitas mutações foram encontradas nos animais coletados na região próxima à Usina de Fukushima. 
Na imagem, uma das borboletas mutantes


Pesquisadores japoneses encontraram sinais de mutação em borboletas, sinalizando um dos primeiros indícios de que o ecossistema local sofreu mudanças após o acidente nuclear em Fukushima.
Joji Otaki, que liderou a pesquisa, recentemente publicada no Scientific Reports, coletou quase 400 espécimes de uma borboleta muito comum no Japão.
Nos resultados iniciais, 12% das borboletas mostraram sinais de anormalidades, como problemas em suas antenas, asas de menor porte, mudança nos padrões de cor e olhos recuados. Amostras coletadas seis meses depois foram ainda mais alarmantes: as mutações foram encontradas em 52% dos animais.
O pesquisador disse à NBC que está preocupado com os resultados do estudo.
— Desde que vi esses efeitos nas borboletas, é fácil imaginar que [o desastre] tenha afetado outras espécies também. É bastante claro que algo está errado com o ecossistema.
Otaki, no entanto, ressalta que as espécies apresentam diferente sensibilidade em relação à radiação e não é possível prever que o mesmo efeito ocorra nos seres humanos.
O desastre de Fukushima ocorreu após um terremoto de 9,0 graus de magnitude, em 11 de março de 2011, que gerou um tsunami que destruiu o sistema de refrigeração da usina. Três reatores sofreram colapso e liberaram radiação no meio ambiente.
Este é um exemplar saudável da espécie coletada pelos pesquisadores japoneses. Crédito: larepubblica.it

As mutações foram encontradas em 52% dos animais. Crédito: larepubblica.it



quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Borboletas revelam áreas não preservadas no ABC



Pesquisa realizada pela Fundação Santo André revela que as borboletas podem diagnosticar nos centros urbanos se a área é preservada ou não. Esta é a conclusão do trabalho apresentado no “I Congresso Latino Americano de Ecologia Urbana”, realizado na Argentina, entre os dias 12 e 15 de junho pelas alunas Viviane Garla Roupa e Vivian Santana do Nascimento, sob a coordenação da professora Dagmar Roveratti dos Santos. A pesquisa foi realizada durante um ano, com mais de 67 horas de observação e contabilizado 954 borboletas em 17 espécies no bairro Cerâmica, em São Caetano.
De acordo com a pesquisa, o local preservado e que mantém a vegetação natural e espontânea é onde aparece a maior variedade de espécies de borboletas. Já os locais urbanizados e com vegetação introduzida em praças ou locais com plantas ornamentais, as espécies diminuíram, o que significa que a recuperação do meio ambiente nas áreas urbanas deve obedecer à vegetação que havia no local.
Os registros foram feitos em três pontos fixos, sendo uma residência com jardim, uma praça constituída predominantemente por vegetação arbórea e gramado e uma área verde composta basicamente por jardim de espécies ornamentais arbustivas e algumas espécies arbóreas, circundado por área de vegetação espontânea. Os dados foram coletados no período de Fevereiro de 2011 a Janeiro de 2012.
A realização do levantamento foi prejudicada porque no mês de junho de 2011 parte da área que era utilizada para as observações foi aterrada, asfaltada e transformada no estacionamento do Shopping Park São Caetano. Com isso toda a flora, que era constituída basicamente por espécies de plantas espontâneas, foi retirada e consequentemente as espécies de borboletas desapareceram do local.
Outro ponto que prejudicou as pesquisa foi a revitalização da Praça Morais Sarmento nas proximidades, uma vez que muitas das espécies de vegetais atrativas para as borboletas foram substituídas por um parquinho e por passagens de concreto.
Segundo as pesquisadoras a pequena riqueza de espécies contabilizadas demonstra o alto grau de impacto ambiental na área e para manter a riqueza de espécies de borboletas em áreas urbanas faz-se necessário a manutenção ou introdução de espécies de plantas espontâneas, além das espécies ornamentais.
As pesquisadoras relatam que há uma preferência das borboletas pelas espécies vegetais espontâneas em detrimento das ornamentais artificialmente introduzidas quando ambas estão disponíveis. 

Parabéns para a equipe, foi um magnífico trabalho.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

GINANDROMORFISMO EM BORBOLETAS



O caráter sexo sempre foi tratado como tendo um tipo especial de herança, uma vez em qualquer cruzamento, para a maioria das espécies, o resultado apresentado pela progênie é sempre 1/2 macho : 1/2 fêmeas. A idea da existência de vários mecanismos envolvidos na determinação do sexo resultou de vários e trabalhos envolvendo diferentes espécies vegetais e animais. 

Alguns dos trabalhos fundamentais foram realizados por Van Beneden em 1866, relatando que a fertilização deveria envolver a união de um espermatozoide e um óvulo. Estes resultados foram obtidos em experimentos realizados em coelhos. Hartwig (1876) descreveu o mesmo fato em experimentos envolvendo ouriço-do-mar. 

Henking (1891) apresentou as primeiras investigações que relacionaram cromossomos com determinação do sexo. Seus estudos, realizados com insetos, revelaram que metade dos espermatozoides recebiam uma determinada estrutura nuclear e a outra não. Ele denominou esta estrutura de corpúsculo X. Mc Clung (1902) realizou estudos citológicos em diferentes espécies de gafanhotos e concluiu que as células somáticas das fêmeas tinha número de cromossomos diferente das células do macho e que havia associação entre a presença do cromossomo X e a determinação de sexo nestes insetos. 

Wilson trabalhando com insetos do gênero Protenor demonstrou que as fêmeas apresentavam 14 cromossomos em suas células somáticas e eram capazes de produzir gametas carregando 7 cromossomos. Os machos apresentavam 13 cromossomos em suas células somáticas e eram capazes de produzir gametas com 7 ou 6 cromossomos. A diferença do número de cromossomos era determinante do sexo. 



Heraclides androgeus laodocus; Ordem Lepidoptera; Família Papilionidae.





Heraclides androgeus laodocus; Ordem Lepidoptera; Família Papilionidae; Corpo com 35 mm de comprimento e 11 mm de envergadura.
As fêmeas desta espécie de borboleta possuem manchas de coloração amarela nas asas anteriores e azul nas posteriores. Os machos têm somente manchas amarelas. Aqui vemos um exemplar ginandromorfo, com a metade esquerda masculina e a metade direita feminina.



Ginandromorfos são mosaicos sexuais no qual algumas partes do animal apresentam características femininas e outras masculinas. Em alguns casos tanto as genitálias e gônodas masculinas quanto as femininas podem estar presente no mesmo animal. A freqüência natural tem sido de 1/2000 ou 1/3000 moscas. Entretanto muitos destes ginandromorfos apresentam poucas secções revertidas. Os ginandromorfos bilaterais são mais raros. A freqüência pode ser aumentada quando o indivíduo apresenta um cromossomo X em anel (ligado pelas extremidades). 

Os ginandromorfos bilaterais tem sido explicados como uma irregularidade na mitose da primeira clivagem. Um exemplo interessante foi observado na descendência de cruzamentos envolvendo machos de olho barra e fêmea normal. O caráter forma do olho, regulado por um gene ligado ao sexo em que o "alelo" B determina o olho barra e o alelo recessivo b o olho normal. 

Foi considerado o seguinte cruzamento: fêmeas normal (XbXb) e macho barra (XBY). A descendência feminina foi do tipo XBXb. Uma anomalia no processo fez com que a célula zigótica originasse células com constituição cromossômica diferente em relação aos cromossomos sexuais. Foram formadas células XBXb e XbO, de tal forma que o indivíduo adulto era do tipo XBXb / XbO Assim, os tecidos e órgãos que tiveram origem de XBXb manifestavam características sexuais femininas e aqueles com origem em XbO, manifestavam características masculinas. Além das diferenças proporcionadas pelo padrão sexual, observa no ginandromorfo bilateral, originado do referido cruzamento, um olho barra (XBXb) e outro normal (XbO) 

Um ginandromorfo se diferencia de um intersexo quanto a origem e à constituição cromossômica. O ginandromorfo tem origem numa irregularidade mitótica, enquanto que o intersexo é formado por uma combinação gamética que resulta num índice sexual entre 0,5 e 1,0. O ginandromorfo apresenta em um mesmo indivíduo, células com diferentes números de cromossomos. No intersexo o número de cromossomos é constante para todas as células do indivíduo. 

Complicou? Bom, então podemos simplificar dizendo que 
Ginandromorfismo é
 o fenômeno pelo qual um indivíduo de uma espécie bissexuada tem um "mosaico" (desenho) de partes masculinas e femininas. Em tais espécies faltam os hormônios sexuais circulantes, de modo que o fenótipo depende exclusivamente dos genótipos de cada célula, resultando da soma dos efeitos dos mesmos sobre as células do animal.





quinta-feira, 12 de julho de 2012

Espécie rara de borboleta reaparece após 70 anos


Uma borboleta rara, a Libythea Celtis, foi avistada novamente, depois de 70 anos desaparecida. O acontecimento inédito ocorreu no sul da cidade de Madrid, no Centro de Excelencia Internacional del Campus Moncloa (CEI Moncloa), no passado mês de Junho.


Libythea Celtis


Segundo a agência noticiosa espanhola Servicio de Información Y Noticias Científicas, este género raro de borboleta está associado aos ulmeiros, uma vez que a sua lagarta se alimenta desta árvore. A Associação Espanhola de Entomologia acredita que o novo avistamento é um dado muito interessante, visto o inseto ser pouco frequente e a sua última observação ter acontecido há cerca de sete décadas.


Libythea Celtis


Um dos entomólogos envolvidos na descoberta, F.J. Cabrero, destaca a importância do local onde a borboleta foi vista. A variedade da fauna e flora do CEI Moncloa reforça a importância de biodiversidade, mesmo no interior de uma cidade, para novas descobertas científicas.

De acordo com o especialista em estudo dos insetos, as novas observações abrem caminho à possibilidade de retorno de algumas espécies que se acreditavam estar geograficamente extintas. Existe a hipótese de, tal como a borboleta, terem estado apenas desaparecidas, podendo voltar a colonizar em locais semelhantes ao seu habitat natural.


Libythea Celtis


A borboleta Libythea Celtis é caracterizada pelas asas particularmente compridas e pela cabeça e asas salientes, atingindo alturas de voo de cerca de 800 metros. É originária da zona oriental da Península Ibérica, mas já foi vista, também, no norte de Portugal.

Uma boa noticia.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Singhiella simplex (HEMIPTERA: ALEYRODIDAE)


AVALIAÇÃO DA INFESTAÇÃO POR Singhiella simplex (HEMIPTERA:
ALEYRODIDAE) EM Ficus benjamina NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, SP, BRASIL.

Saindo um pouco da minha linha, vou postar parte do trabalho feito pelos colegas do setor a respeito de Singhiella simplex (HEMIPTERA:ALEYRODIDAE).Quem estiver mais interessado a respeito do assunto, me pede que envio o trabalho completo por e-mail.


Adultos, pupas e ninfas.

Adultos, pupas e ninfas.




Este trabalho avalia o desfolhamento de árvores urbanas de Ficus benjamina pela mosca-branca-do-ficus, Singhiella simplex, na cidade de São Paulo. Foi feita amostragem sistemática nas cinco regiões da cidade: centro, norte, sul, leste e oeste e em cada região foram sorteados dois bairros, totalizando dez bairros. Foram amostradas 2.661 árvores, das quais 260 eram  Ficus benjamina e todas apresentavam sintomas de desfolha, indicando que o inseto ocorre em toda a cidade de São Paulo.


Dano com desfolia.



  Ficus benjamina  é uma espécie de figueira nativa das florestas tropicais da Índia, sudeste da Ásia, sul da China, Malásia, Filipinas, norte da Austrália e ilhas do Pacífico sul. Atualmente é plantada em várias partes do mundo e em alguns países utilizada na extração de resina (goma de benjamin), produção de incenso, como cerca-viva, ornamentação de jardins, interiores e no Brasil na arborização de várias cidades (Riffle, 1998;  Lima  et al., 2005). 
Na maioria das condições ambientais F. benjamina  pode ser atacada por diversas pragas e doenças como, cochonilhas, ácaros, nematóides, tripes e fungos (Brickell & Zuk, 1997).


Dano com desfolia.


Em agosto 2007, na Flórida, no condado de Miami (EUA), foram registrados severos ataques causados por mosca-branca-do-ficus (Singhiella simplex Singh, 1931) em várias espécies de figueiras (F. altissima, F. aurea, F. benjamina, F. lyrata, F.maclellandii e F. microcarpa) utilizadas na arborização pública e em cercas vivas, com desfolhamento intenso e até morte de plantas. Já existem registros de ataque dessa praga em Porto Rico, Jamaica, Ilhas Cayman e recentemente no Brasil (Jesus et al., 2010).

  Em sua região de origem apenas Encarsia tricolor  Foerster (Hymenoptera: Aphelinidae) é listada na literatura como inimigo natural (Mannion, 2008).
No Brasil, a primeira ocorrência de S.simplex  foi registrada no mês de agosto de 2009, pelo Prof. Dr.  Aurino Florencio de Lima no estado do Rio de Janeiro, em Barra do Piraí, Japeri, Mesquita, Miguel Pereira, Nova Iguaçu, Queimados, São João do Meriti e Seropédica. Recentemente também foi assinalada em F. benjamina na cidade de São Paulo, SP (Jesus et. al., 2010).

O objetivo do presente trabalho foi identificar o agente causal dos sintomas apresentados em F. benjamina  bem como a distribuição deste agente na cidade de São Paulo.

O presente trabalho, foi de autoria de   Giuliana Del Nero Velasco 1, , Rogério Goularte Moura 2, , Evoneo Berti Filho 3, , Hilton Thadeu Zarate do Couto 4.
  


Desfolia. 


If they are...

You likely have the Ficus Whitefly, Singhiella simplex or the Gumbo Limbo Whitefly Aleurdicus rgioperculatus
Please utilize the information on this website to educate yourself about the needs to control these damaging pests and to ensure the survival of your ficus hedges,Ficus trees, and now many other varieties of South Florida Trees