sexta-feira, 30 de setembro de 2011

BORBOLETÁRIOS EM NOTÍCIA



Aproveite a primavera em Campos do Jordão.

 

Estância reúne diversão, cultura, aventura e lazer em atividades e pontos turísticos.

primavera é o momento ideal para subir a serra, usufruir os dias ensolarados para fazer uma atividade física e conhecer locais de tamanha beleza, aonde o verde e o ar puro produzem uma sensação de liberdade.


Para aqueles que optaram em subir as montanhas, Campos do Jordão tem vários locais onde a interação com a natureza é muito grande, indo de simples caminhadas a práticas mais radicais como arborismo, rapel ou montanhismo, ou ainda fazer passeios que mostram uma Campos do Jordão histórica, cultural e bem atrativa.
Segue um roteiro com as opções que você pode aproveitar na cidade:
Horto Florestal: também conhecido como Parque Estadual de Campos do Jordão, possui uma área de 8,3 mil hectares de muitos verdes, onde você poderá fazer caminhada conferindo a fauna e flora local e suas diversidades, além de passar bons momentos entre amigos ou familiares. Para quem adorar umas pedaladas o parque possui trilhas, que levam a locais de beleza inigualável, onde o esforço é recompensado a cada instante, do mesmo modo que há espaço para a prática de esportes de aventura, aonde a escalada, tirolesa, falsa-baiana ou a descida se tornam única com uma natureza deslumbrante. As trilhas podem ou não precisar de guias para monitoramento. Aberto de quinta a terça-feira, das 9h às 16h, com entradas R$ 6,00 para pessoas (idade entre 8 e 59 anos); R$ 6,00 para veículos de passeio; R$ 11,00 para ônibus, vans; R$ 3,00 para motocicletas. Estudantes identificados pagam 50%. - Telefone (12) 3663-3762.
Borboletário: no caminho do Horto Florestal, as pessoas poderão conhecer um pouco mais sobre esse inseto que muitas vezes enfeitam o imaginário das histórias e são umas das formas de vida de maior levezas em um habitat. No Borboletário Flores que Voam, além das instruções e informações sobre as 35 espécies ali existentes, as pessoas poderão caminhar juntamente com ela tem um maior contato com esses seres que ajudam na manutenção e proliferação de nossa mata nativa. Aberto todos os dias, das 10h às 16h, nas 2ª e 3ª abertos para grupos (excursões), com preço a combinar grupos acima de 10 pessoas. R$ 20,00 (Adulto - Promoção), R$ 30,00 (Inteira), R$ 15,00 (Crianças de 07 a 10 anos, estudantes com carteirinha e 3ª idade acima de 60 anos) e Crianças abaixo de 07 anos não pagam - Telefone (12) 3663-6444.

BORBOLETÁRIO, 
ProjetoNossa Flora Nossa Fauna.

Alunos e Professores do Curso de Licenciatura em Ciências – Habilitação em Biologia e Bacharelado em Ciências Biológicas – Ênfase em Biologia Ambiental vêm fazendo um inventário das espécies animais e vegetais existentes na área da UniverCidade, na Unidade Recreio, dentro do ProjetoNossa Flora Nossa Fauna.

Foram coletados e identificados dois machos da borboleta  Parides Ascanius,espécie ameaçada de extinção. Os espécimes, após a identificação, foram libertados.
Este foi o fator determinante na construção da proposta de criação de um espaço que objetivasse não só a preservação desta espécie, como também integrasse as áreas de Pesquisa, de Ação Comunitária e de Educação Ambiental, dentro dos cursos.

O Borboletário é um espaço no qual os alunos, após um período de capacitação, ministram palestras e recebem visitas de turmas de alunos das diversas unidades do Colégio Cidade, de escolas públicas, escolas particulares, clubes, associações etc. As mudanças da sociedade causadas pelo desenvolvimento industrial e agrícola, o aumento da urbanização e da sociedade de consumo resultam em uma onda de mudança social em nações desenvolvidas e em muitas nações em desenvolvimento. Os efeitos das transformações em sistemas urbano-industriais no meio ambiente e na sociedade vêm sendo assunto de vários relatórios mundiais, tais como: The Limits to Growth (Meadows et al.1956), The World Conservation Strategy(IUCN / UNEP / W W F, 1980), o Relatório Brundtland, Our Common Future ( World Commision on Environment and Development, 1987), e Caring for the Earth ( IUCN / UNP / W W , 1991).

Esses e outros relatórios enfatizam a necessidade de conservação para sobrevivência e um apelo por maior conscientização sobre o meio ambiente e por parte de todos os povos. A Educação Ambiental contínua, ao longo de toda vida, é essencial para esse processo de mudança social.
A preocupação com a conservação para sobrevivência motivou um grupo de professores e alunos do curso de Biologia Ambiental da UniverCidade, situada em uma área de aproximadamente 500.000m² de Mata Atlântica, em Vargem Grande - Rio de Janeiro. Nessa Unidade funciona o Colégio de Aplicação da UniverCidade, que atende uma clientela de alunos desde o 1° segmento do Ensino Fundamental até o Ensino Médio.

O objetivo geral do projeto é o de sensibilizar os alunos dos diversos segmentos e as comunidades de Vargem Grande, Vargem Pequena, Recreio dos Bandeirantes e Barra da Tijuca, sobre a importância da conservação para sobrevivência dos ecossistemas existentes nessa região, tais como: restinga; mangue e mata atlântica a partir da auto-ecologia das borboletas, que são animais sensíveis às mudanças do meio.
Tendo em vista que a clientela da UniverCidade reside na região, espera-se que  os alunos se tornem multiplicadores do projeto junto à sua comunidade (condomínio, escola, igreja, clube etc.)

As borboletas são insetos que atraem a atenção das pessoas por sua beleza, ampla variedade de formas, tamanhos, cores e considerados por muitos como símbolo de renovação e transformação. Outro fator importante é o ciclo de vida do animal que é curto, permitindo acumulação rápida de informações taxonômicas, ecológicas (bioindicadores) e evolutivas.
Espera-se que o Borboletário da Cidade se transforme num espaço de aprendizado a ser utilizado por escolas, clubes, associações, pesquisadores etc. O uso de áreas locais em cidades grandes, médias, e pequenas promove o sentimento de território próprio na medida em que este trabalho de campo tenha relevância direta para o meio ambiente no qual vivem (Hale, 1986).

A área de abrangência do projeto consiste em uma das regiões que mais crescem, tanto em nível de urbanização como no setor de negócios (empreendimentos). Essas atividades são extremamente importantes para a região, mas requerem projetos que contenham medidas mitigadoras com relação ao meio ambiente.

Os futuros empreendedores, fiscalizadores e trabalhadores, hoje, encontram-se nos bancos das escolas, nas praias e nos clubes da região. Essas crianças e jovens necessitam de uma formação que procure desenvolver em cada um o sentimento de harmonia entre o empreendedorismo e a qualidade de vida, independente do papel que desempenhará no futuro.





terça-feira, 27 de setembro de 2011

A borboleta e a lagarta

Será que a Borboleta sabe que já foi lagarta?
Será que a lagarta sabe que vai voar?





METAMORFOSE:

Em biologia, metamorfose ou “alomorfia” (do grego metamórphosis) é uma mudança na forma e na estrutura do corpo (tecidos, órgãos), bem como um crescimento e uma diferenciação, dos estados juvenis ou larvares de muitos animais, como os insetos e anfíbios (batráquios), até chegarem ao estado adulto. 
Depois do nascimento, os animais podem sofrer dois tipos de desenvolvimento: direto, ou indireto. No desenvolvimento indireto os animais que nascem diferem significativamente da forma adulta, assim os indivíduos passam pela metamorfose. 
Já no desenvolvimento direto, os animais já nascem com a forma definitiva, pois são muito semelhantes aos adultos, como por exemplo o ser humano.

TIPOS DE METAMORFOSE:

Normalmente as metamorfoses são acompanhadas pela cafubira dos casais de habitar ou de hábitos podendo, no entanto ocorrer sem que haja tais alterações.
Alguns exemplos de metamorfose, com mudança de habitat ou de hábitos,e alguns tiposde paes mofados, são encontrados em muitos insetos e anfíbios. 
As libélulas são insetos aquáticos durante a idade prematura, apresentando-se como voadores na idade adulta. 
As rãs sofrem metamorfose transformando-se de um girino aquático até um anfíbio (forma definitiva). Outros exemplos são muitos invertebrados aquáticos que nadam livremente durante horas no início da vida, fixando-se em seguida a um substrato onde vivem a restante da vida sem locomoção, como é o caso dos urocordados. 
As borboletas e as traças quando na fase larval têm peças bucais mastigadoras e depois se transformam em insetos voadores com essas peças especializadas na sucção. 
O tipo de metamorfose sem que haja mudanças significativas nos hábitos ou habitats é ilustrado por muitas espécies de crustáceos, que passam por metamorfoses físicas até ao estado adulto. 
Relativamente a estes casos onde o habitat do animal se mantém inalterado Ernst Haeckel afirmou, há décadas, que a metamorfose seguia uma série de formas correspondentes aos ancestrais da espécie em questão ao longo da sua Evolução (Lei da recapitulação), mas hoje se sabe que é uma formulação incorreta...

Metamorfose em insetos:

Borboleta saindo do casulo.
Os estados prematuros de uma espécie que sofre metamorfoses é designado pelo termo larva ou ninfa, dependendo da natureza do desenvolvimento pós-embrionário da espécie. Alguns insetos nascem já com a forma geral do adulto (ninfa), e a metamorfose até a forma adulta é normalmente marcada pelo desenvolvimento de asas. Este tipo de metamorfose é designado por metamorfose gradual, simples ou incompleta.

Holometabolismo é o desenvolvimento dos insetos mediante metamorfose completa, com quatro fases bem distintas: ovo; larva, estado bem ativo; entrando de seguida num estado inativo conhecido por pupa; emergindo finalmente para adulto. Esses insetos compreendem uma divisão e são chamados de holometabólicos. Algumas espécies de escaravelhos e algumas da ordem Strepsiptera sofrem hipermetamorfoses, com uma seqüência de formas larvares precedendo o estado de pupa.

Relativamente à questão se o inseto passa mais tempo na forma adulta ou na forma juvenil, depende da espécie. Exemplos notáveis são por exemplo as efémeras cujos estados adultos reduzem-se a um dia, ou então o caso das cigarras, cujos estados juvenis subterrâneos prolongam-se durante 17 dias. Apesar disso esta espécie tem uma metamorfose legal incompleta. Geralmente nas espécies nas quais a vida adulta é mais longa que a vida juvenil, estas sofrem metamorfoses complexas.

OBS: Os termos lagarta e crisálida são sinônimos de larva e pupa, respectivamente, quando se referem à ordem lepidoptera.

Tipos de metamorfose:
A) Simples: caracterizado por muito pouca diferenciação entre os instares e o inseto não apresenta uma fase imóvel (pupa). Os jovens são chamados de ninfas.
Paurometabolia
Batmetabolia
Hipometabolia
B) Completa ou Holometabolia:
C) Hipermetamorfose
D) Intermediária

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

BORBOLETARIO EM PORTUGAL.





O Borboletário do Museu Nacional de História Natural (MNHN) é a primeira estufa de criação de borboletas da fauna Ibérica aberta ao público. Localizado no Jardim Botânico, o Borboletário do MNHN é um jardim de plantas mediterrânicas habitado por várias espécies e borboletas. Estas podem ser observadas nas diversas fases do seu ciclo de vida: ovo, lagarta, crisálida e adulto.
O Borboletário foi inaugurado no dia 11 de Novembro de 2006 e foi um projecto idealizado e concretizado pela associação Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.
No Borboletário ensinamos a biologia das borboletas e sua interacção com as plantas, contribuindo assim para despertar o interesse do público para a importância da conservação da natureza e da biodiversidade.
Para além de ser um espaço de lazer, o Borboletário desenvolve três linhas de acção: criação de borboletas, propagação de plantas hospedeiras e educação ambiental.
O Borboletário foi criado para proporcionar às crianças e jovens, em idade escolar, um novo espaço de aprendizagem de uma importante parcela do nosso património natural: as borboletas. Com este projecto pretende-se ainda sensibilizar a sociedade para as questões ambientais, despertando o seu interesse para a conservação da natureza. Para concretizar este objectivo são desenvolvidas várias actividades para grupos escolares de diferentes faixas etárias, assim como para o público em geral.

Borboletário de Diadema comemora seis anos com novas espécies


Borboletário é opção de passeio em Diadema.

O Borboletário Tropical Conservacionista Laerte Brittes de Oliveira,que fica em Diadema, comemora seis anos com a compra de 250 novas pupas (casulos), das espécies Ascia Monuste -“borboleta-da-couve”, Caligo ilioneus -“olho de coruja”, e Dryas iulia -“Julia”. Todas são provenientes do Sesc Pantanal, local de venda autorizado pelo IBAMA.




SÃO PAULO - Um local para mergulhar no mundo das borboletas. É isso o que o visitante encontra no Borboletário Tropical Conservacionista Laerte Brittes de Oliveira, localizado no Jardim Botânico de Diadema, na Grande São Paulo. No espaço, inaugurado em 2005, é possível realizar visitas monitoradas para entrar em contato com mais de 400 borboletas de três espécies diferentes e conhecer o ciclo de reprodução do animal, que leva cerca de 70 dias.

Rosana Cardoso de Souza, coordenadora do borboletário, conta que, na natureza, de 100 borboletas, três a sete conseguem sobreviver, dependendo do ambiente. Já no borboletário, 60 a 80 de 100 borboletas sobrevivem. Para o passeio, que é gratuito, é necessário agendamento por telefone.

Sendy Gomes da Silva, de 23 anos, levava o filho Ângelo Gabriel, de 1 ano e 8 meses, pela terceira vez ao borboletário. O menino era só alegria.
- Como ele não consegue falar borboleta, ele chama todas de tatá - dizia a mãe.

O borboletário de Diadema passou por uma reforma de 60 dias com o objetivo de melhorar as condições oferecidas às borboletas e aos visitantes.Agora, depois de reformado, o viveiro e o berçário contam com área de 200 m².

O objetivo do borboletário é a preservação de espécies e a educação ambiental. Parte da produção do borboletário será introduzida no meio ambiente do Jardim Botânico, numa proporção de cinco borboletas soltas na mata, a cada dez unidades.

As borboletas desempenham um papel importante na manutenção dos ecossistemas. Elas contribuem para o aumento da biodiversidade devido sua interação com as plantas, polinizando e dispersando as sementes. Também indicam a qualidade do ambiente, pois não resistem a locais degradados e poluídos.

As borboletas são da espécie Dryas Iulia (Julia); Agraulis Vanilae (Pingo de Prata); Caligo Illioneus (Olho de Coruja) e Asciabuniae (Ascia). O viveiro possui telas de proteção e tem em seu interior várias espécies de plantas, que fornecem abrigo, alimento e local para deposição dos ovos.

Quem visitar o borboletário pode ainda conhecer o Jardim Botânico e algumas de suas 10 trilhas. No Jardim Botânico não há restaurante, por isso é bom levar lanche para matar a fome.

Borboletário de Diadema
Endereço: Rua Ipitá, 193, Jardim Inamar
Tel: 4059-7600
Funcionamento: das 9h às 16h
Entrada gratuita

terça-feira, 20 de setembro de 2011

INAUGURAÇÃO DO BORBOLETÁRIO DE OSASCO




Evento acontece no próximo dia 20 de setembro, no Parque do Jardim Piratininga
Um dos principais pontos turísticos e de estudos ambientais de Osasco  vai ficar ainda mais bonito. A Prefeitura de Osasco entrega na próxima terça-feira, dia 20 de setembro, a nova cúpula do Borboletário Municipal.




A nova cúpula foi doada pela Editora Abril e vai garantir mais qualidade de vida às borboletas, já que a tela clarite utilizada em sua estrutura permite uma maior retenção de raios solares, beneficiando as plantas do local e, conseqüentemente, as borboletas.
Localizado no Parque Ecológico do Jardim Piratininga, o Borboletário é um espaço, mantido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que recebe visitas de estudantes, professores e interessados em geral que tiram suas dúvidas e conhecem curiosidades sobre o habitat das borboletas, as espécies existentes na cúpula, sua alimentação e ainda, o mecanismo de reprodução.
A inauguração acontece às 9 horas e o Parque do Piratininga fica na rua David Silva, 111. Mais informações sobre o Borboletário Municipal podem ser obtidas no site www.borboletariodeosasco.blogspot.com ou pelo telefone 3599-3516.


Parabéns pela incansável dedicação de toda a equipe e em especial a amiga
 Borboletóloga Paulina Arce.

 Abraços e felicidades.

Serviço:

Entrega da nova cúpula do Borboletário Municipal
20 de setembro de 2011, às 9 horas
Parque Ecológico do Jardim Piratininga
Rua David Silva, 111

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

MUSEU DE ENTOMOLOGIA

 Bem-vindos à Página do Museu de
Entomologia da ESALQ!!




Museu de Entomologia da ESALQ
LEF - Departamento de Entomologia, Fitopatologia e
Zoologia Agrícola, ESALQ/USP / Piracicaba
SRC - Seção de Redes, CIAGRI/USP



Agradecemos quaisquer correções e sugestões para melhorar ou 
atualizar as informações do banco de dados, as quais podem ser 
enviadas aos autores por e-mail.
A página está em constante atualização, entretanto, quando as 
fotos das espécies não forem encontradas, indica que estão 
sendo incorporadas à coleção e ainda não foram disponibilizadas.

Prof. Sinval Silveira Neto : ssilveir@esalq.usp.br
Tec.Informática Regina Moraes : rcmoraes@esalq.usp.br 
Téc. Lab. Ento. Ftal. João A. Cerignoni : jaceri@esalq.usp.br

Obrigado.
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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Coleção de insetos



Coleção de insetos completa 110 anos

Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, tem um acervo com mais de 5 milhões de espécies

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O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro, comemora em 2011 o aniversário de 110 anos de sua coleção entomológica. O acervo conta com mais de 5 milhões de insetos e serve de base para pesquisas sobre Meio Ambiente, saúde e biodiversidade. A coleção – iniciada pelo próprio Oswaldo Cruz, em 1901, quando ele descreveu o mosquito Anopheles lutzi – pertencia ao Instituto de Manguinhos (como era chamado o IOC em seus primórdios). Naquele ano, ela listava 95 mosquitos, 145 tabanídeos e 40 carrapatos, além de uma coleção de helmintos (vermes).
A Coleção foi sendo formada por exemplares coletados desde o início do século XX por grandes pesquisadores – como Adolpho Lutz, Arthur Neiva, Carlos Chagas, César Pinto, Costa Lima, Lauro Travassos e Otávio Mangabeira Filho – durante suas expedições pelo Brasil, compondo um relato histórico da descoberta de novas espécies e gêneros de insetos. A coleção cresceu, sobreviveu ao período da ditadura e hoje, modernizada e revigorada, compõe uma verdadeira vitrine da biodiversidade brasileira.
Dentro das comemorações que aconteceram ontem, no Auditório do Museu da Vida, aconteceu, além de uma mesa-redonda, a divulgação do CD Book Insetos: uma aventura pela biodiversidade e Workshop da Oficina “Colecionando Insetos”.
Segundo Jane Costa, curadora da Coleção, “o acervo é riquíssimo, um dos maiores e mais antigos da América Latina, abrigando insetos das mais variadas ordens". Tanto que atualmente ele é reconhecido como patrimônio institucional e também como fiel depositário pelo Ministério de Meio Ambiente, em 2005.
“As políticas institucionais na área de coleções biológicas estão cada vez mais fortalecidas, visando sua modernização, desenvolvimento e divulgação. Assim, a Coleção ficou mais acessível e vários grupos de pesquisas do Brasil e do mundo podem consultá-la. No acervo, estão depositados inúmeros tipos, que são referência para pesquisas em sistemática e taxonomia e base para estudos científicos”, ressalta Jane.
Segundo a curadora, a Coleção Entomológica possui peculiaridades que a colocam em posição de destaque em diversas ordens de insetos. “A Coleção Entomológica é a mais completa na ordem de coleópteros (besouros), com mais de 19 mil espécies brasileiras. Além disso, possui a Coleção Werneck, que é importantíssima pela abrangência de seu material, graças às colaborações e ao empenho do pesquisador que reuniu piolhos de aves e mamíferos, coletados em praticamente todas as partes do mundo.
Temos ainda a Coleção Costa Lima, que tem sido base para a realização da mais importante obra bibliográfica brasileira em entomologia, a coleção `Insetos do Brasil`”, descreve a pesquisadora. Ela destaca, ainda, a Coleção Joseph Zikán, que constitui um registro importante da biodiversidade entomológica da região de Itatiaia, principalmente em relação às ordens Lepidoptera (borboletas e mariposas), Coleoptera (besouros) e Hymenoptera (abelhas, vespas e formigas).
Modernização e informatização
O IOC tem adotado uma política de valorização das coleções biológicas, que favoreceu o crescimento e o desenvolvimento da Coleção Entomológica. A partir de 2006, a Coleção começou um processo de modernização e em 2009 houve a inauguração de novas salas para o melhor acondicionamento do acervo e expansão do mesmo.
Para Jane Costa, esse processo tem contribuído para a divulgação da ciência e beneficiado a manutenção do acervo. “A partir do momento em que os acervos científicos foram reconhecidos como patrimônio institucional, políticas específicas para a valorização da Coleção foram adotadas. Neste sentido, projetos institucionais vêm sendo implementados, principalmente para a informatização, divulgação e modernização”, afirma.
Em parceria com a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), foi possível transferir todo o acervo da Coleção armazenado em antigos armários de aço para modernas estantes deslizantes, que atualmente são utilizadas nas mais modernas coleções científicas do mundo.
“Esta modernização no acondicionamento do acervo trouxe mais segurança, facilidade de acesso ao material e também otimizou o espaço para o contínuo crescimento do acervo por pelo menos mais 50 anos. Além disso, a informatização, que sempre foi alvo de atenção da curadoria da Coleção, também vem tendo mais apoio. Este procedimento traz mais facilidade para o acesso às informações do acervo e permite agilizar estudos utilizando dados dos espécimes depositados”, avalia.
Portas abertas
Inaugurada em 2008, a Sala de Exposições Costa Lima coloca aberta para visitação pública parte do acervo didático da Coleção Entomológica. O ambiente é composto por espécimes selecionados por sua importância médica, agrícola ou veterinária, como também por sua beleza estética. A Sala conta com a orientação de monitores para apresentação do material e para responder às perguntas dos visitantes.
“A Sala de Exposição Costa Lima foi idealizada pelos curadores da Coleção Entomológica do IOC como um espaço educativo e de divulgação científica para professores, estudantes e para o público leigo em geral, sendo recentemente integrado ao circuito de visitações do Museu da Vida, em parceria com a Casa de Oswaldo Cruz. Em exposição estão exemplares de insetos também presentes na Coleção Costa Lima e utensílios pessoais do pesquisador”, finaliza Jane Costa. Para fazer uma visita ao espaço, os interessados podem entrar em contato pelo email: recepcaomv@coc.fiocruz.br 

Virtualmente é possível acessar um livro (http://www.ioc.fiocruz.br/livroinsetos/), que mostra a importância da entomologia e também das coleções biológicas, elaborado pela equipe do Laboratório de Biodiversidade Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz.

Borboleta 'híbrida'


Borboleta 'híbrida' é descoberta por cientistas na América do Norte.

 

Espécie tem traços visuais e genéticos idênticos a de outros dois insetos.
Cientistas publicaram estudo na revista 'PLoS Genetics' nesta 3ª feira.


Cientistas norte-americanos descobriram uma espécie rara de borboleta nas montanhas Apalache, cordilheira localizada entre Estados Unidos e Canadá, que foi considerada uma evolução de duas outras espécies de animais, já que continua traços visuais e composição genética idênticos.
A borboleta Tigre apalachiano swallowtail (Papilio appalachiensis) foi denominada como híbrida devido às características semelhantes às da borboleta Tigre oriental swallowtail (P. glaucus) e da Tigre canadense swallowtail (P. canadensis).
De acordo com estudo publicado nesta terça-feira (13) na revista “PLoS Genetics”, a borboleta Tigre apalachiano swallowtail raramente se reproduz com insetos da mesma espécie e é um dos poucos casos de animais híbridos, fenômeno que ocorre com mais frequência nas plantas.


 Imagem da borboleta Tigre oriental swallowtail (Foto: Divulgação/K. Kunte/Harvard University


 Exemplar da borboleta Tigre canadense swallowtail. A partir da mistura das duas espécie, nasceu a borboleta Tigre apalachiano swallotail, com características visuais e genéticas idênticas (Foto: Divulgação/K. Kunte/Harvard University)

“Com a pesquisa, será possível entender a formação das espécies, questão fundamental para explicar a diversidade de vida na Terra”, afirma Sam Scheiner, pesquisador da Fundação Nacional de Ciência dos EUA, que financiou a pesquisa.
“É uma demonstração notável de como a hibridização pode criar populações com uma nova combinação de história de vida e características morfológicas, permitindo a colonização de novos ambientes”, complementa o biólogo Larry Gilbert, da Universidade do Texas e um dos responsáveis pelo estudo científico.
De acordo com os cientistas, as borboletas Tigre oriental e canadense surgiram em épocas diferentes, em espaço de tempo de 600 mil anos. Já a Tigre apalachiano surgiu há 100 mil anos. Ainda existe dificuldade na diferenciação das espécies. São detalhes como manchas nas asas ou mesmo no tamanho, que segundo os pesquisadores, com o tempo se tornam fáceis de identificar.