terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O NOSSO BORBOLETÁRIO :)




Introdução
A Ordem Lepidoptera é composta pelas borboletas e mariposas, cujas formas imaturas, chamadas lagartas, são na maioria fitófagas (se alimentam de plantas).
É um inseto de desenvolvimento completo, isto é, apresenta as fases de ovo, lagarta, pupa e adulto. As mariposas podem ter lagartas urticantes, e muitas espécies têm um csulo protegendo a pupa. Nas borboletas as lagartas não são urticantes e não formam casulo, pois as pupas são nuas e suspensas ou succintas. Em número de espécies, esta ordem é a segunda dentro da Classe Insecta, só perdendo para a Ordem Coleoptera (os besouros).
A partir de janeiro de 2000 iniciaram-se as pesquisas voltadas ao Borboletário, a fim de identificar e avaliar as espécies potenciais, aspectos biológicos dos insetos, criação massal, manutenção da população e estudar a própria estrutura do Borboletário.
Objetivo
O principal objetivo do Borboletário da ESALQ/USP é a pesquisa sobre espécies potenciais e a possibilidade de criação massal, para prever a produção de borboletas, nas diferentes épocas do ano.

Créditos:

Evoneo Berti Filho
Professor Titular
Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola
ESALQ/USP

João Ângelo Cerignoni
Técnico Especializado
Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola
ESALQ/USP

Os insetos da Ordem Lepidoptera apresentam cores vistosas, e às vezes brilhantes ou iridescentes, as borboletas são bastante visadas por colecionadores e, pelo grande número de espécies, muito expostas à ação de inimigos naturais. Estes fatores negativos aos lepidópteros podem ser suplantados com a construção de abrigos para estes insetos, a fim de preservá-los e protegê-los, e ao mesmo tempo proporcionar um local onde o público poderia aprender sobre a vida das borboletas e a importância delas na biodiversidade dos ecossistemas.

Assim foi construído o Borboletário da ESALQ/USP, inicialmente com a finalidade de estudar a criação de espécies em cativeiro e a manutenção de populações livres da ação de seus parasitos e predadores.

O Borboletário está instalado próximo às bordas de mata natural e sua estrutura é rebestida com sombrite que permite a entrada de luz de forma a simular um ambiente natural. No interior foram feitos canteiros para o plantio das plantas para alimentação das lagartas das diversas espécies ali mantidas e plantas com flores que produzem néctar para a alimentação das borboletas adultas.

Para o bom desenvolvimento do borboletário é necessário contar com uma equipe que acompanhe o ciclo de cada espécie desde a postura, que é recolhida da planta hospedeira e levada para um "berçário" onde, após a eclosão, as lagartas são criadas até fase de pupa e a emergência dos adultos, que serão soltos no Borboletário.
A equipe deve manter as condições adequadas do Borboletário, fazendo a manutenção das planas e monitorando a presença de possíveis inimigos naturais, principalmente os microhimenópteros parasitos de ovos, que podem atravessar as malhas do sombrite. Em um outro telado são mantidos vasos com as plantas hospedeiras e plantas com flores para reposição, sempre que necessário. Observa-se que as borboletas livres são atraídas para as áreas próximas do borboletário onde são mantidas plantas alimento e plantas com flores, mas quais as fêmeas geralmente ovipositam, propiciando, às vezes, a obtenção de ovos de espécies raras ou muito raras no ambiente.

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